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O que comer quando se está com diarreia

O que comer quando se está com diarreia

A diarreia é um problema comum que afeta pessoas de todas as idades e é caracterizada por evacuações frequentes e de consistência líquida ou pastosa. Geralmente, ela vem acompanhada de desconforto abdominal, cólicas e desidratação, podendo ser causada por infecções, intolerâncias alimentares, estresse, consumo de alimentos contaminados ou efeitos colaterais de medicamentos.

Um dos aspectos mais importantes para lidar com a diarreia é a alimentação. Escolher os alimentos certos pode aliviar os sintomas, ajudar na recuperação e prevenir complicações. Este texto apresenta orientações detalhadas sobre o que comer quando se está com diarreia, além de dicas sobre o que evitar e como se reidratar adequadamente.

Por que a alimentação é importante durante a diarreia?

A diarreia pode levar à perda de água, eletrólitos e nutrientes essenciais, comprometendo o equilíbrio do organismo. Manter uma alimentação adequada durante esse período ajuda a:

  • Repor líquidos e eletrólitos perdidos.
  • Aliviar a irritação no trato gastrointestinal.
  • Promover a recuperação do sistema digestivo.
  • Fornecer energia sem agravar os sintomas.

O que comer durante a diarreia?

Ao enfrentar a diarreia, é fundamental priorizar alimentos que sejam leves, de fácil digestão e que ajudem a regular o sistema digestivo. Abaixo estão os grupos de alimentos mais indicados.

1. Dieta BRAT (Banana, Arroz, Maçã e Torrada)

A dieta BRAT é frequentemente recomendada por ser composta por alimentos suaves e fáceis de digerir, que ajudam a firmar as fezes. Cada componente oferece benefícios específicos:

  • Banana: Rica em potássio, ajuda a repor eletrólitos e fornece fibras solúveis, como a pectina, que auxilia na formação das fezes.
  • Arroz branco: Fornece carboidratos simples para energia sem sobrecarregar o intestino.
  • Maçã (cozida ou assada): Contém pectina, que absorve água e ajuda a regular o trânsito intestinal.
  • Torrada (de pão branco): Ajuda a dar volume às fezes e é de fácil digestão.

2. Caldos e sopas

Caldos claros, como de galinha ou vegetais, são excelentes para reidratação e fornecimento de eletrólitos. Evite temperos fortes, gorduras e ingredientes fibrosos para não irritar o intestino.

3. Legumes bem cozidos

Vegetais como cenoura, abóbora e batata são leves, ricos em nutrientes e ajudam a recuperar energia. Cozinhe bem até que fiquem macios e fáceis de digerir.

4. Carnes magras e proteínas leves

Frango e peixe cozidos ou grelhados, sem temperos fortes, são boas fontes de proteína que ajudam na recuperação muscular e fornecem energia.

5. Iogurte natural com probióticos

Iogurtes ricos em probióticos ajudam a restaurar a microbiota intestinal, promovendo um equilíbrio saudável de bactérias no intestino. Opte por versões naturais, sem açúcar.

6. Biscoitos simples e massas brancas

Biscoitos de água e sal ou massas simples feitas com farinha branca são fáceis de digerir e ajudam a fornecer energia.

7. Chás

Chás de ervas como camomila, hortelã e erva-doce podem aliviar cólicas e desconfortos intestinais, além de ajudarem na hidratação.

Alimentos que devem ser evitados

Durante a diarreia, certos alimentos podem agravar os sintomas ou irritar ainda mais o trato gastrointestinal. É importante evitá-los até que o sistema digestivo se estabilize:

1. Alimentos gordurosos e frituras

Gorduras são de difícil digestão e podem piorar a diarreia, aumentando o trânsito intestinal e causando desconforto.

2. Laticínios (exceto iogurte com probióticos)

Muitos casos de diarreia estão associados a uma redução temporária na capacidade de digerir lactose, presente no leite e derivados.

3. Alimentos ricos em fibras insolúveis

Fibra insolúvel, encontrada em grãos integrais, verduras cruas e cascas de frutas, pode estimular ainda mais o intestino e agravar os sintomas.

4. Açúcares e adoçantes artificiais

Alimentos ricos em açúcar ou adoçantes como sorbitol e manitol podem causar fermentação no intestino, levando a gases e agravando a diarreia.

5. Bebidas gaseificadas e com cafeína

Refrigerantes, energéticos e café podem irritar o estômago e aumentar a desidratação.

6. Alimentos condimentados

Temperos como pimenta, curry e molhos fortes devem ser evitados, pois podem irritar a mucosa intestinal.

A importância da hidratação

Durante a diarreia, a perda de líquidos e eletrólitos (como sódio, potássio e cloreto) é significativa, aumentando o risco de desidratação. Manter-se hidratado é tão importante quanto a escolha dos alimentos.

O que beber durante a diarreia?

  • Soluções de reidratação oral (SRO): Disponíveis em farmácias, essas soluções repõem líquidos e sais minerais de forma eficiente.
  • Água: Consuma frequentemente para evitar a desidratação.
  • Água de coco: Uma excelente fonte de potássio e outros eletrólitos.
  • Chás claros: Chás de camomila e erva-doce, sem açúcar, são boas opções.
  • Caldos claros: Além de hidratar, fornecem sódio e outros nutrientes essenciais.

Evite:

  • Bebidas alcoólicas, refrigerantes e sucos industrializados, que podem piorar a desidratação.

Dicas para facilitar a recuperação

  1. Coma em pequenas quantidades: Durante a diarreia, o sistema digestivo está sensível. Divida as refeições em porções menores e frequentes.
  2. Evite alimentos crus: Prefira alimentos cozidos, que são mais fáceis de digerir.
  3. Introduza alimentos gradualmente: Assim que os sintomas começarem a melhorar, reintroduza os alimentos normais da dieta com cautela.
  4. Monitore os sintomas: Se a diarreia persistir por mais de 48 horas, for acompanhada de febre alta, sangue nas fezes ou sinais de desidratação, procure um médico imediatamente.

Quando buscar ajuda médica?

Embora a maioria dos casos de diarreia seja autolimitada e resolva-se com cuidados simples, existem situações que requerem atenção médica:

  • Diarreia que dura mais de dois dias em adultos ou 24 horas em crianças.
  • Sinais de desidratação, como boca seca, sede intensa, tontura ou urina escura.
  • Presença de sangue ou muco nas fezes.
  • Febre alta persistente.
  • Diarreia intensa em pessoas com doenças crônicas, idosos ou crianças pequenas.

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